Bolsonaro acaba com o Bolsa Família e joga no limbo o futuro de milhões de brasileiros

O maior programa social de transferência direta de renda para famílias em situação de vulnerabilidade econômica, o Bolsa Família, criado em 2004 e que serviu de referência internacional sendo adotado com adaptações em outros 20 países, foi desmontado pelo governo Bolsonaro e neste mês de outubro paga a última parcela do programa para 14,8 milhões de beneficiados e beneficiadas.

No lugar do projeto Paulo Guedes e a equipe econômica institui através de Medida Provisória (MP) um Auxílio Brasil, que se propõe a entrar em vigor no mês de novembro, porém, sem valores definidos nem a garantia dos recursos no Orçamento da União. O governo está na dependência da liberação pelos parlamentares dá aprovação de uma PEC que autoriza o calote nos precatórios devidos aos governos estaduais e municipais, além da aprovação de ajustes ao modelo sugerido da MP no Congresso.

Na prática, no meio da maior crise sanitária enfrentada pelo Brasil, que já matou mais de 600 mil pessoas e que somada a crise econômica do país, tem colocado mais de 14 milhões pessoas no desemprego, em um momento da história onde a fome volta a se tornar realidade na vida de centenas de famílias brasileiras, o governo resolve pôr um fim ao programa social que de maneira consolidada leva o mínimo para a mesa dos desalentados do sistema capitalista no Brasil.

Os golpistas precisaram apenas de 5 anos para desmontar uma estrutura que mexe com um orçamento de 31 bilhões de Reais, trocando por outra que tem um prazo final decretado, o fim de ano 2022. Foi-se um programa que segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), até 2017, tirou da extrema pobreza 3,4 milhões de pessoas, para entrar em cena outro que serve claramente como medida eleitoreira.

O fim do BF soma-se ao conjunto de medidas que se objetivou com o golpe institucional de 2016, ao se desmontar o sistema nacional de aposentadorias, direitos trabalhistas, além de programas que garantiam a cidadania das pessoas como o Minha Casa Minha Vida e o Programa Mais Médicos. Já disse Maquiavel em “O Principe”: Quando fizer o bem, faça-o aos poucos. Quando for praticar o mal, é fazê-lo de uma vez só.

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