Companheiras e companheiros, vocês não estão sozinhos! Setembro é o mês de reafirmar isso

Todo mês de setembro o Brasil vivencia pautas importantes para o cuidado pessoal. Dia 10 de setembro é o dia da prevenção do suicídio. Mas essa atenção também deve ser remetida à saúde mental e as práticas de automutilação, que é quando a pessoa tenta amenizar o sofrimento psicológico por meio de ferimentos físicos. Situações em que com o tempo, podem levar à tentativa de suicídio.

Desde 2014, em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), instituições do país realizam essa campanha conscientizando a sociedade, fomentando informações relacionadas à prevenção. E nesse viés, é necessário que cada um e cada uma possa exercitar a boa prática da empatia; quem vivencia o sofrimento psicológico deve ser acolhido, pela família, amigas e amigos, companheiras e companheiros.

No ambiente de trabalho e dependendo do exercício profissional, esses cuidados se mostram redobrados, profissionais da segurança pública, por exemplo, são reconhecidamente os mais acometidos por ideias suicidas e violentas. Mas, isso infelizmente não é exceção. Esse é um mal também reconhecido na categoria petroleira, o recente processo de desinvestimento promovido pelo governo Bolsonaro, com venda e fechamento de ativos provocou transferências arbitrárias nas bases, extinções de postos de trabalho e demissões, além de ameaças e assédios constantes no ambiente de trabalho, situações que levaram a uma escalada de esgotamento emocional dos trabalhadores provocando a ocorrência de afastamentos médicos por adoecimento mental.

Casos na Petrobrás

Dados do Sindipetro-BA revelam que a partir de 2018, ano em que a Petrobrás iniciou processo de fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia, 12,2% dos trabalhadores e trabalhadoras tiveram afastamentos médicos por depressão. Também na Bahia, em 2020, durante o processo de privatização da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), um trabalhador com 12 anos de Petrobrás cometeu suicídio, técnicos e auditores fiscais do trabalho identificaram que o ato foi causado pelo ambiente de insegurança, tensão e mal-estar coletivo criado pelo processo de venda da unidade.

Outro caso recente se deu em 2023, onde um petroleiro cearense, que trabalhava no Rio Grande do Norte, terminou por ser transferido para o estado do Rio de Janeiro. Situação de estresse que levou o trabalhador a ser acompanhado pelo programa de saúde mental da Petrobrás, porém, não sendo o suficiente, terminou com o suicídio dele dentro de casa, na cidade de Macaé.     

Essas situações remetem a necessidade de uma mudança de rumo na administração de Recursos Humanos da Petrobrás, por uma política de humanização das relações de trabalho na empresa. Um ambiente de trabalho que valorize o indivíduo, em meio a diversidade.

Ei, você não está sozinho/sozinha! Todas e todos queremos que você saiba disso! No limite, liga para o telefone 188, do CVV (Centro de Valorização da Vida) que é gratuito e se preferir, a conversa pode ser pelo chat virtual com todo serviço funcionando 24 horas.

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