De São Paulo a Pernambuco, um lamento petroleiro. Nosso adeus ao eterno Antônio Carrara

Esta segunda-feira (14) começou como um dia de muita tristeza e muito pesar para toda a categoria petroleira e, principalmente, para os dirigentes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e dos seus sindicatos filiados. No início desta tarde, aconteceu o sepultamento do querido e para sempre lembrado Antônio Carrara, ex-coordenador da FUP por dois mandatos entre os anos 2002 e 2006. Aguerrido e com um imenso desejo de justiça social, Carrara nos deixou no último domingo (13), após enfrentar por 10 meses uma dura batalha contra um câncer. O Sindipetro PEPB e todo o seu corpo diretor e de funcionários, transmite os mais sinceros pêsames e a mais profunda solidariedade à dor dos seus amigos, companheiros e familiares, sobretudo a sua esposa e seus cinco amados filhos: Mariana, Carol, Thiago, João e Antônio. O velório aconteceu na manhã de hoje, no cemitério Memorial Garden, na cidade de Ourinhos (interior de São Paulo). Registramos aqui o nosso carinho e toda a nossa gratidão ao companheiro. Que o seu legado viva através da nossa luta e nos guie nas batalhas que ainda estão por vir!

“Quando adentrei no movimento sindical, em 2005, eu tive a oportunidade de iniciar minha gestão no sindicato no momento em que Carrara era coordenador da FUP”, lembra o diretor administrativo do Sindipetro PEPB, Luiz Lourenzon. Ele recorda que, naquela época, recorreu à federação em várias situações, a fim de buscar intervenção, ou auxílio em algumas situações atípicas que aconteciam junto às bases de Pernambuco e Paraíba, sobretudo no Terminal Aquaviário de Suape (TA Suape. “Ele sempre nos deu muita atenção e nos auxiliou, fazendo uma interface entre nós e a Transpetro; além disso, ele também participou de alguns dos nossos congressos regionais, das nossas assembleias e atividades, sempre mantendo uma relação de extremo compromisso com as bases de Pernambuco e Paraíba”, diz o sindicalista.

Do atual corpo diretor do Sindipetro PEPB, Lourenzon foi um dos que conviveram com o companheiro Antônio Carrara por mais tempo. Ambos se conheceram no movimento sindical, mas também trabalharam em parceria durante o período em que o ex-coordenador da FUP foi gerente de Responsabilidade Social da então recém construída Refinaria Abreu e Lima (RNEST). “Ele evoluiu muito com toda essa bagagem sindical que trazia; tinha uma imensa vontade de fazer uma interface entre as comunidades do entorno da refinaria, numa espécie de anel de municípios que, a princípio, necessitam de muitos incentivos básicos e que, em alguns casos são realmente muito precários. Ele fazia essa ponte junto às escolas e comunidades dentro projetos socioambientais que a Petrobrás possuía. Sempre se engajou muito com as questões sociais”.

Era um homem ponderado, mas que trazia consigo um grande desejo de mudança e nutria um verdadeiro senso de responsabilidade com o próximo. Foram essas características que o levaram até o sindicalismo e à direção de entidades sindicais, como a CUT São Paulo e o Sindipetro Campinas, além da já mencionada FUP. Esse jeito de ser também lhe renderam o respeito e a admiração de todos com quem conviveu. Lourenzon revela que, em sua opinião pessoal, o companheiro sempre transparência uma postura bastante consensuada, tomava decisões embasadas e transmitia muita confiança nas suas colocações. “Nos congressos, como os trabalhadores bem sabem”, diz Lourenzon, “nós trabalhamos bastante em cima de pautas de Acordos Coletivos de Trabalho, e já tivemos vários momentos difíceis e cláusulas polêmicas para serem debatidas nos Conselhos Deliberativos e ele sempre nos ajudou demais; em vários momentos, ele foi o apaziguador dos ânimos no debate. Nessas horas, sempre predominava a experiência política e profissional dele”.

Carrara mantinha sempre um desafio em mente: o de não curvar-se, mas, ao invés disso, erguer-se e construir um espaço importante para os trabalhadores. Viveu guerreiro e lutou até o fim de seus dias. “Foi uma das pessoas com quem eu mais aprendi dentro do movimento sindical”, diz Luiz Lourenzon, “esse legado de luta que ele deixa vai ficar para toda a categoria petroleira e estará para sempre entre nós. Onde houver luta, onde houver desafios, Carrara estará presente, presente e presente”…

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