Operadores da RNEST viram bode expiatório para a incompetência da gerência

Profissionais da unidade serão obrigados(as) a dar conta das condições de equipamentos críticos que por anos foram negligenciados pelos verdadeiros responsáveis.

A Refinaria Abreu e Lima (RNEST) está no seu fim de campanha, e como já era de se esperar, os problemas decorrentes da falta de manutenção já estão tão evidentes que a solução encontrada pela gerência é cobrar responsabilidade dos operadores por ações que, na realidade, não fazem parte de suas competências.

Mas como assim?

Pelo que apuramos, o planejamento da parada geral da refinaria “escorregou”, ou seja, não conseguiram planejar a etapa mais importante pós-partida de uma refinaria.

No auge de toda essa ingerência, a refinaria lançou um tal “programa de vigilância máxima”, que irá cobrar veementemente que os(as) operadores(as) realizem uma rotina específica, até quatro vezes em um único turno, para identificar em suas unidades possíveis “cenários críticos” em unidades que já estão em fim de campanha.

Tais rotinas serão cobradas de forma tão ostensiva que os gerentes farão as “famosas” auditorias e até câmeras de vigilância serão utilizadas para averiguação – será o BBB da RNEST.

Tudo isso, partindo de uma checklist totalmente improvisada e que requer informações vagas e genéricas, como: “ruído anormal”, ou “vibração anormal”, que exigi-riam, no mínimo, equipamentos aferidos para tais averi-guações.

E qual é o problema?

Os(as) operadores(as) normalmente já identificam estes tipos de riscos, relatam e cobram dos seus superiores há anos; no entanto, nada ou muito pouco desses relatos foi solucionado até a presente data. Mas agora, no fim da campanha da refinaria, por conta do atraso da parada geral, a gerência busca jogar a culpa de tamanha negligência sobre as costas dos(as) trabalhadores(as).

Além do mais, tudo foi previamente pensado e está sendo executado de forma tão amadora e inconsequente que não está sendo levado em consideração o O&M para dimensionamento dessas novas atividades. Ou seja: a gerência da Refinaria Abreu e Lima não está levando em consideração o quantitativo mínimo de pessoas, que já é precário e já foi tantas vezes denunciado pelo sindicato.

A coisa toda está sendo feita de forma tão improvisada, que os gerentes até esquecem (ou se omitem) que existem unidades na refinaria que nem vestiários possuem para seja feita uma passagem de serviço padrão, chegando ao cúmulo de alterarem o Padrão de PST às pressas com o único objetivo de punição.

Diante de tamanha negligência, diversos questionamentos pairam no ar e precisam ser feitos: Quando será a Parada Geral da Refinaria Abreu e Lima? Por que não aconteceu em tempo hábil? Por que a Gerência da Refinaria não fez um plano de ação preventiva ou preditiva adequado às equipes de manutenção?

Colocar a culpa das mazelas da RNEST nos operadores é de uma total irresponsabilidade e será comba-tida em qualquer fórum. O objetivo do sindicato sempre foi a construção de um ambiente saudável e seguro para desenvolvimento da prática laboral de todos e todas, livres de pressões e assédios.

As atuais condições que se encontram as instalações da refinaria, assim como o real objetivo desse tal programa, serão cobradas aos verdadeiros responsáveis, de forma que não haja acidentes em nosso ambiente de trabalho.

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