Para salvar a vida só há uma saída: FORA BOLSONARO, IMPEACHMENT JÁ!

Texto: João Lucas Gama

Nesta Sexta-feira (10) teve início a campanha “Fora Bolsonaro, Impeachment Já”, que exige uma resposta imediata das instituições políticas brasileiras ao genocídio promovido pelo presidente Jair Bolsonaro, que ao negligenciar o papel do Estado em salvaguardar a saúde da população tornou-se diretamente responsável pelas quase 70.000 vítimas da Covid-19, além da profunda crise econômica e social que alastra em decorrência da pandemia. O movimento se alastra por todo o Brasil, promovendo tuitaços, panelaços, manifestações de rua e atos simbólicos.

Na capital pernambucana, integrantes dos movimentos sindicais e sociais, acompanhados por partidos políticos de esquerda promoveram um protesto em frente ao Mercado Púbico de Casa Amarela, estendendo faixas e dialogando com a população sobre as consequências do desgoverno bolsonarista frente à pandemia do novo Coronavírus. Ao final da manifestação, balões na cor preta foram lançados aos céus, um ato simbólico em luto pelas vítimas da doença.

O sindicalista Luiz Lourenzon, secretário de administrativo do Sindipetro PE/PB, diretor de Relações dos Movimentos Sociais da CUT-PE e membro diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), enumera algumas das diversas razões para que a sociedade se coloque contra o atual governo. “Primeiro: ele está tirando toda a democracia que nós conquistamos ao longo dos anos, a sociedade vem percebendo os seus atos anti-democráticos; em segundo: a retirada de direitos, todo o mundo vem acompanhando todas as medidas que esse governo vem tomando visando objetivamente o retrocesso da força de trabalho; e por fim, as privatizações que estão em curso. Esse é um governo extremamente simpático e aderente à causa das privatizações, enquanto nós somos contrário”. Para ele, este é um momento em que se faz necessário, mais do que nunca, o fortalecimento do Estado e suas estatais, de maneira a garantir a soberania nacional e o bem-estar da população. “Nesse momento de pandemia, foi evidente que os países em que o Estado era mais forte, se reverteu melhor a situação da Covid-19, possibilitando a volta das atividades”.

Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Paulo Rocha, a escolha do Mercado de Casa Amarela para realização do protesto se deve ao seu caráter de resistência histórica na cidade do Recife. “Muitos movimentos fazem atividades aqui e, foi aqui também que nós fizemos os últimos atos em defesa da democracia, durante o Golpe [de 2016] e, neste momento, é fundamental retomarmos a luta, num patamar diferente (não podemos ter muita gente nas ruas), mas é preciso resistir; as políticas de Bolsonaro têm matado as pessoas e gerado desemprego. O Brasil está numa recessão e já morreram 70.000 pessoas (oficialmente) ”. Ele também chama a atenção para as consequências genocidas da ausência de um real enfrentamento à Covid-19. “Ele faz uma política que acelera a morte da classe trabalhadora; diante disso, na defesa dos empregos, dos nossos direitos e em defesa da vida é que nós estamos fazendo, no dia de hoje, o lançamento do Fora Bolsonaro. É um dia marcante na resistência da luta trabalhadora no Brasil”.

Esse processo assassino da classe trabalhadora pode ser constatado em uma simples conversa com a população. Maria de Fátima dos Santos é uma das milhares de pessoas que têm tido que lidar com a dor da perca de um ente querido. Ela conta que seu marido, Reginaldo Germano da Silva, foi uma das 70.000 vítimas do novo Coronavírus. Ele foi infectado com a doença em seu ambiente de trabalho, devido à negligência do governo. “Meu marido trabalhava no Hospital Agamenon Magalhães. O governo não deu as roupas adequadas. Ele tinha 30 anos de serviço público, não eram 3 anos, não. Mas por que eles não viram os funcionários públicos, como o meu marido? Eu perdi meu marido, por causa deles!”.

Reginaldo foi internado no dia 31 de abril, apresentando sintomas da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e foi logo transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No dia 10 de maio, faleceu em decorrência da Covid-19. Ele tinha apenas 55 anos, dos quais restam apenas a lembrança e a ausência. É por Reginaldo e pela memória de mais 70.000 vítimas de um genocida tresloucado que o povo grita: FORA BOLSONARO! FORA BOLSONARO! FORA BOLSONARO!

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