Petroleiros da Bahia realizam protesto contra a venda da RLAM

Texto: André Justino
Imagens: Sindipetro BA

O protesto que foi intitulado “esquenta para a greve”, reuniu os trabalhadores da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) na rodovia BA-523 que dá acesso à unidade, localizada na cidade de São Francisco do Conde. O ato mobilizou também moradores, comerciantes e políticos de cidades do entorno, que terão a economia duramente impactada com a privatização. A Petrobrás oficializou na última segunda-feira (8) a venda dessa refinaria que é a primeira do país e a segunda maior da estatal em capacidade de processamento de petróleo.

A Mubadala Capital, que é um conglomerado árabe de compra e venda de ativos, adquiriu a RLAM pelo valor de US$ 1,65 bilhão, o que segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), seria uma desvalorização do seu real valor de mercado (que chegaria à 4 bilhões de dólares). A Federação Única dos Petroleiros (FUP) também denuncia que a venda da RLAM sentencia a criação de um monopólio regional na Bahia e em toda a região Nordeste, o que pode gerar mais inflação dos combustíveis e risco de desabastecimento.

A representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás, Rosângela Buzanelli, questiona os motivos que levaram a gestão da empresa a optar pela privatização, “o parque de refino da Petrobrás foi concebido para garantir o abastecimento nacional e as refinarias foram implantadas de forma integrada, para se complementarem e não serem concorrentes uma da outra. Ao privatizar as refinarias, o “monopólio” estatal passa a ser monopólio privado”.

Em nota, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) protestou contra a venda da Refinaria Landulpho Alves, “A privatização irresponsável do governo está praticamente entregando para o fundo dos Emirados Árabes Unidos a primeira refinaria de petróleo, construída em 1950, que apenas nos últimos dez anos recebeu investimentos de R$ 6 bilhões somente em hidrotratamento… Vende a preço de banana uma refinaria histórica e aplica mais um aumento absurdo nos preços da gasolina, do óleo dieesel e do gás de cozinha, em um momento de crescimento do desemprego, de redução dos salários e da renda das famílias.”

O Sindipetro PEPB repudia a decisão pela privatização e se solidariza com os companheiros da RLAM, ciente de que essa mobilização deve ser nacionalizada, pois a política de desmonte e privatização atualmente em curso na Petrobrás é a única estratégia deste governo para a estatal.

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