Preço do combustível nacional em comparação com o estrangeiro está menos desigual. Produtores internacionais cobram mais aumentos no Brasil

Em atualização recente, uma semana após novo reajuste dos combustíveis feito pela Petrobrás, pelas contas do mercado internacional de petróleo, o preço médio da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 0,70 abaixo do preço aplicado no Golfo do México (EUA). Já o preço do diesel está R$ 0,53 mais barato que lá fora. Uma defasagem que tem forçado produtoras estrangeiras a cobrar de organizações que regulamentam o mercado de combustíveis para enquadrar o Brasil por mais reajustes no valor de venda das refinarias.

A relevância desse tema ganha destaque na medida em que se evidencia o enfraquecimento da soberania nacional, tanto no controle de produção quanto na política de precificação dos derivados de petróleo. As importações têm ganhado significativo destaque com essa influência, a exemplo de como o fator de utilização de refinarias brasileiras (FUT) têm caído de 94% para 70% e a gasolina que aqui tem valor calculado com no Preço de Paridade de Importação (PPI), seguindo as cotações internacionais do barril de petróleo, sendo reajustada de acordo com a desvalorização do Real.

Sergio Gabrielli, ex-presidente da Petrobrás e atual pesquisador do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), observa que “do ponto de vista exclusivamente empresarial, [essa] é uma posição suicida, na medida em que a consequência [disso] é a redução de sua (Petrobrás) participação no mercado e ampliação dos riscos de dependência crescente aos ciclos dos preços do petróleo cru, diminuindo as vantagens […] de aumentar sua integração do poço ao posto, suavizando os movimentos futuros do seu fluxo de caixa”.

O preço internacional do petróleo diminuiu em função do anúncio de uma nova rodada de negociações por um acordo nuclear entre Europa e o Irã para o fim de novembro. Situação que pode aumentar a oferta de petróleo no mercado e influenciar ainda mais na oscilação pela qual o Brasil está submetido com a atual política de preços da Petrobrás.

Greve à vista

Como o governo brasileiro não enxerga outra estratégia para a Petrobrás que não o desmonte e liquidação desse patrimônio, falando reiteradamente em privatização, sindicatos e a federação da categoria não descartam do horizonte de luta contra a entrega das ações da estatal, uma greve nacional dos petroleiros.

Os trabalhadores estão debatendo com os respectivos sindicatos a construção desse movimento na medida em que novos fatos acontecem, tal como a iniciativa do Ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciar o diálogo com congressistas a elaboração de um Projeto de Lei (PL), que regulamente a venda em definitivo das ações da empresa que estão de posse da União.

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