Vidas negras importam

Com toda atualidade possível a frase “Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista!”, citada pela filosofa negra, estadunidense, Ângela Davis, representa o sentimento de milhões de homens e mulheres que querem a construção de uma nova vivencia social, reparadora de séculos de escravidão e subserviência racial. E nesse 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, pautar essa cobrança por reparação é um dever dos que tomam para si o combate diário e consequente contra o racismo.

A consequência da não reparação de uma história que carrega consigo um racismo estrutural é apresentada nas estatísticas da violência. Dados do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) apresentam que de 2008 a 2018 o assassinato de pessoas negras teve crescimento de mais de 10%. Os dados são apresentados no Atlas da Violência e expõe que no Brasil, se você for negro, a chance de morrer assassinado é maior. Segundo a pesquisa, se a taxa de homicídio para cada 100 mil habitantes foi de 13,9 entre não negros em 2018, a atingida entre negros chega a 37,8%.

100 anos depois da escravidão, pessoas negras representam um número expressivo dos mais de 14 milhões de desempregados do país, chegando, segundo o Instituto Data Zumbi, a 21% do total dessa massa de desemprego que causa uma desvalorização salarial no mercado de trabalho. Entre os empregados, a diferença de salários de pessoas negras e brancas chega na escala de 45%, segundo a Pnad de 2019.

Neste Brasil do racismo estrutural é debitado às pessoas negras a exigência do esforço em dobro para superar desconfianças e o chicote do desemprego. Negam suas tradições e origens para não ser vítima de morte em um sistema necropolítico e reforçam-se, para superar a negação de direitos. Nesse mês da consciência negra, é dever de todo antirracista gritar ao mundo: Vidas negras importam!

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