Violência racial, reflexo da higienização social no Brasil e no mundo

Coronavírus e violência policial ameaçam a população negra

Não é de hoje que a população negra enfrenta as inúmeras truculências no Brasil e nos Estados Unidos. Basta fazer uma breve pesquisa na internet para perceber o quanto a desigualdade racial está enraizada desde os princípios da sociedade, o que reforça o grande número de casos de violência, injustiça e assassinatos de homens, mulheres e crianças pretas, envolvidos com o despreparo preconceituoso e estrutural da polícia.

Só na mesma semana que se enfrenta o isolamento social devido aos riscos de contágio do novo coronavírus (Covid-19) que ameaça a população, o menino João Pedro, um adolescente preto, de 14 anos de idade, foi morto com um tiro de fuzil, dentro de casa, por policiais durante uma operação desastrosa na comunidade de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Já em Minneapolis (EUA) George Floyd, um homem preto, de 46 anos de idade, acusado supostamente por falsificar dinheiro, foi assassinado em plena luz do dia por um policial branco que o sufocou por aproximadamente oito minutos, diante de outros três oficiais.

E em meio a esses episódios escandalosos, vaza uma gravação de áudio do Sérgio Camargo, atual presidente da Fundação Palmares, entidade fundada em 1988 para promover e preservar a influência negra na formação da sociedade brasileira, ligada hoje ao Ministério do Turismo, em que ele destrata o movimento negro de maneira coletiva, chamando todos de “escória maldita” e no particular xingando a memória de Zumbi dos Palmares e a mãe de santo Baiana de Oyá. A mãe de santo denunciou Camargo recentemente por injúria racial, discriminação racial e discriminação religiosa.

Um artigo do centro de pesquisas Brookings Institution, afirma que um em cada mil negros morre nas mãos da polícia nos EUA. No Brasil, um jovem negro é assassinado a cada 23 minutos. Segundo pesquisas, o Mapa da Violência de 2016 mostra que 42.291 pessoas foram vítimas de homicídio no Brasil em 2014. Destas, 70,5% são negras (considerando pretos e pardos). Do total de assassinatos, 59,7% foram de jovens entre 15 e 29 anos de idade.

A Covid-19 não só expõe a desigualdade racial e social implícita, e porque não escancarada, entre o Brasil e os EUA, quando nos Estados Unidos, é três vezes mais provável que uma pessoa preta morra em decorrência do contágio da doença do que uma pessoa branca. No Brasil, pretos e pardos sem escolaridade morrem quatro vezes mais acometidos pelo novo coronavírus do que brancos com nível superior, segundo especialistas.

Os Estados Unidos segue diariamente na realização de protestos, com milhares de pessoas nas ruas em mais de 70 cidades, pedindo justiça por George Floyd, protestos que já ganham ressonância em grandes metrópoles do mundo como Londres e Paris. No Brasil, mais de 2 milhões de assinaturas, até o momento, pedem justiça pelo assassinato do adolescente João Pedro em uma petição que segue disponível na página Change.org, criada neste último mês de maio.

                No dia 4 do maio, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) encaminhou à Petrobrás um ofício semelhante, solicitando a prorrogação da validade do Acordo Coletivo até novembro deste ano. O ACT do Sistema Petrobrás foi firmado em novembro de 2019, através da mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Com o pedido feito pela FUP, o acordo teria sua validade estendida por mais três meses; no entanto, a estatal ainda não respondeu ao documento até a presente data.

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