Campanha “Petrobrás Fica em PE” ganha força entre petroleiros do estado
Texto: André Justino
Petroleiros lotados na Refinaria Abreu e Lima (RNEST) e do Terminal Aquaviário de Suape (TA Suape) mostraram muita indignação durante as duas manifestações ocorridas nas entradas da refinaria e do terminal, nessa quinta-feira (18). As manifestações ocorreram em todo o Brasil por conta do que vem ocorrendo com a Refinaria Landulpho Alves (RLAM) no estado da Bahia. A atividade em Pernambuco se deu em meio a muito diálogo sobre as condições de trabalho, a retirada de direitos da categoria e o processo de privatização ao qual o governo Bolsonaro está submetendo a Petrobrás.
A apreensão está se convertendo em indignação por conta do processo acelerado de desmonte, onde o governo está entregando “de mãos beijadas” a segunda maior refinaria do sistema Petrobrás, para um fundo de investimento dos Emirados Árabes, pela metade do preço real que vale a planta da RLAM.
Na atividade de hoje (tanto na RNEST, quanto no TA Suape) foram realizadas manifestações de solidariedade aos petroleiros da RLAM, que entram em greve nesta quinta, em defesa dos direitos e empregos – que estão ameaçados pelo processo de privatização. Situação que reforça aqui no estado a mobilização pela campanha “Petrobrás Fica em Pernambuco”.
Além da RLAM, outras sete unidades de refino do Sistema Petrobrás estão na mira desse processo de desmonte e desestatização: a Fábrica de Lubrificantes do Nordeste (Lubnor), no Ceará; a Usina de Xisto (SIX), no Paraná; a Refinaria Alberto Pasqualine (REFAP), no Rio Grande do Sul; a Refinaria Gabriel Passos (REGAP), em Minas Gerais; a Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), no Amazonas; a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná e a Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco.