Em meio à crise provocada pelo governo, Petrobras reforça aposta no desmonte
A Petrobrás mais uma vez tentará entregar três refinarias após fracassar em 2021. A reta final do governo mais parece um “liberou geral” pelo desmonte da Petrobrás; na mira do governo Bolsonaro e Paulo Guedes estão mais uma vez as refinarias Abreu e Lima (Rnest-PE), Presidente Getúlio Vargas (Repar-PR) e Alberto Pasqualini (Refap-RS), além dos respectivos ativos.
Tudo indica que os entreguistas irão para o tudo ou nada pela regra da desestatização, vendendo a troco de banana as plantas de refino, mesmo dando como garantias investimentos públicos para a conclusão da infraestrutura delas, como é o caso da RNEST, onde se prevê o incremento de R$ 5 bilhões para conclusão do segundo trem de refino. Para esta, a Petrobrás já havia informado sobre a paralisação do processo de venda, quando apresentou o seu Plano Estratégico 2022-2026, prevendo investimentos de 68 bilhões de Dólares, valor 24% superior ao mesmo período do plano anterior, sendo 1 bilhão de Dólares para ser aplicado na conclusão da Refinaria Abreu e Lima.
Isso desmascara a farsa do governo quanto aos preços dos combustíveis. Afirma tomar medidas para baixar preços e resolve por vender mais três refinarias, o que vai encarecer o valor dos derivados, tal como ocorreu na Bahia. O estado onde a gasolina está sendo vendida mais cara é exatamente onde a Refinaria Mataripe, ex-Landulpho Alves (RLAM) da Petrobrás foi privatizada.
Novo Presidente da Petrobrás
A divulgação da retomada das privatizações das refinarias foi feita junto ao anuncio do Conselho de Administração da estatal pela nomeação de Caio Paes de Andrade para a presidência da Petrobrás. FUP e Anapetro prometem questionar judicialmente a indicação de Caio Andrade por falta de qualificação para o cargo. Sendo este tão somente próximo de Guedes, tal como Adolfo Sachsida, ministro de Minas e Energia.
Ambos, continuarão a aplicar a política de Preços de Paridade de Importação, que dolariza o valor do petróleo nacional, elevando os preços, enquanto Bolsonaro mente publicamente criando cortinas de fumaça para que o desmonte da Petrobrás seja implementado.