Petroleiros seguem atentos às primeiras medidas da nova administração da Petrobras
Vencido o primeiro mês do novo governo é hora de pautar as articulações já feitas entre a categoria petroleira e a União, no particular sobre a nova gestão da Petrobrás, tendo como presidente Jean Paul Prates. A equipe do Conselho Administrativo da empresa segue até o mês de abril com um mandato estatutário de perfil pautado pelo governo anterior, no entanto, diante da nova presidência da empresa e da nova gestão à frente do Ministério de Minas e Energia, abre-se espaços de escuta visando dar sequência as expectativas criadas durante as reuniões do Grupo de Trabalho ainda no governo de transição, no final de 2022.
Antes ainda de concluída a primeira quinzena de janeiro, os petroleiros representados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) tiveram audiência com Alexandre Silveira, novo ministro de minas e energia (MME), onde foi debatido o projeto de resgate da soberania nacional, por uma transição energética justa e sustentável, com geração de empregos e renda para o povo brasileiro. Na ocasião, os sindicalistas destacaram a urgência da Petrobrás voltar a ser uma empresa integrada, retomando um papel central no setor de fertilizantes e petroquímico.
Após o anuncio por parte do presidente Lula de que o ex-senador Prates estaria à frente da empresa, no segundo dia de expediente o presidente da Petrobrás sentou com a categoria desdobrando os debates ocorridos no MME. Na reunião aprofundou-se sobre a necessidade de uma mudança na política de preços dos combustíveis, com o desuso do PPI como referência, além do fim nos processos de venda dos ativos da empresa.
Ao tempo que a Petrobrás tende a voltar a ter destaque na estratégia de país que tem o horizonte do novo governo brasileiro, por consequência, a categoria petroleira tende a retomar igual posição de destaque nessa reconstrução do Brasil. Por isso, a FUP e seus sindicatos, junto ao conjunto dos trabalhadores da empresa devem seguir atentos no papel de cobrança e fiscalização das políticas públicas que visem fazer desta uma empresa integrada, atuando em todo o território nacional, aumentando sua capacidade de refino nacional, valorizando os trabalhadores e a fomentando a indústria nacional.