Inaceitável a proposta de redução da PLR em 30%!
Inaceitável a proposta de redução da PLR em 30%!
Os trabalhadores da Petrobras fizeram sua parte. É injusto colocar na conta dos trabalhadores a variação negativa do câmbio financeiro
Em reunião nesta quarta-feira com a administração da empresa, a direção da FUP recebeu com repulsa a proposta da Petrobrás de reduzir a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) em 30%, justificando para isso a redução do lucro alcançado pela empresa no ano de 2024, que foi de R$ 36,6 bilhões. A representação dos trabalhadores repudiou a proposta argumentando que o conjunto dos trabalhadores, por mais um ano, mostraram a competência técnica e o profissionalismo, entregando as metas e resultados esperados, por isso, seria uma tremenda injustiça sabotar esse compromisso por conta das oscilações do mercado de dólar que impactou o resultado financeiro do ano passado.
Desde o anúncio da redução do lucro líquido, no mês de fevereiro, a presidenta Magda Chambriard, disse publicamente que a motivação em comparação com o resultado de 2023 (R$ 124,6 bilhões), se deu pela variação cambial; sustentado ainda as expectativas de aumento da produtividade da Petrobrás até 2030, o que relativizaria ocorrências como esta.
Porém, ao ir à mesa de negociações com quem está na ponta da produção, a mesma administração ignora tal postura pública e quer impor sobre os trabalhadores a conta injusta da variação da moeda estadunidense, que baliza o mercado de petróleo. Inadmissível. Vale questionar à presidenta Magda Chambriard, o que motiva então distribuir dividendos aos acionistas, 207% acima do lucro realizado, se não por uma opção política fora qualquer razoabilidade.
Greve de advertência
Diante da indisposição da administração da Petrobrás para cumprir os acordos estabelecidos com os trabalhadores, frente aos temas recentes em discussão como a negociação do teletrabalho e agora o absurdo do desconto de 30% da PLR, as direções sindicais petroleiras estarão convocando assembleias para aprovação de uma greve nacional de 24 horas no dia 26 de março.
Os trabalhadores cobram o estabelecimento de uma mesa de negociação regular, em que os acordos sejam cumpridos.