Dia da consciência negra marca a resistência contra desigualdades e o racismo
Próximo dia 20 de novembro é feriado, é o Dia Nacional da Consciência Negra. Um dia de culminância no registro do Novembro Negro, que aprofunda a reflexão pelo combate às desigualdades sociais, consequências do racismo estrutural presente na sociedade brasileira. Entre os petroleiros do Sistema Petrobras, esta consciência e resistência também estão presentes, através da cobrança de ocupação de espaços de liderança por pessoas negras e também no alcance de programas de formação e capacitação dirigidos à promoção da equidade racial.
Este é o segundo ano em que o 20 de novembro é celebrado, sendo um feriado nacional. A oficialização se dá por meio da Lei 14.759/2023 e incentiva ações públicas para a reflexão desta data em conjunto com movimentos negros, para avivar a relevância da cultura e história afro-brasileira.
Petroleiros no combate ao racismo também no Sistema Petrobras
Fruto da cobrança do movimento sindical petroleiro, dados do Dieese apontam que houve aumento no número de pessoas negras ocupando espaços de liderança na empresa. No último levantamento, identificou-se que, em 2023, negras e negros ocupavam 22% dos cargos de liderança, índice que se espera ampliar para 25% em 2028 se confirmada a expectativa do Programa de Mentoria Negritudes Petrobras.
Programas regulares de letramento racial são instrumentos importantes para pautar estratégias para combater o racismo estrutural. Um exemplo é o Programa Autonomia e Renda Petrobras, que celebra resultados dirigidos à população que reside nas áreas de abrangência das operações da empresa. Dados do programa estimam que aproximadamente 74% dos estudantes matriculados se autodeclaram pretos ou pardos, um marco que reforça o acerto do projeto na promoção da inclusão social, especialmente de grupos em vulnerabilidade socioeconômica.
O Sindipetro PE/PB entende que avanços devem ser reconhecidos e celebrados, mas diante da enorme cicatriz racista, provocada pelos 388 anos da exposição de corpos negros, vendidos em praças públicas como escravos, muito ainda deve ser alcançado para evitar hoje novas exposições de corpos negros, desta vez sem vida, pelas mesmas praças públicas.

