O Sindipetro PE/PB é o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Petróleo e Gás Natural dos Estados de Pernambuco e Paraíba, filiado à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e à Central Única dos Trabalhadores (CUT). A entidade sindical busca amparar a força de trabalho do setor e empenha esforços de mobilização social e política a favor da dignidade das trabalhadoras e trabalhadores, do desenvolvimento industrial sustentável através de uma transição energética justa e da soberania nacional.

Sindipetro PE/PB
FUP

Petroleiros participam ativamente da COP 30 e da Cúpula dos Povos, em Belém

Petroleiros participam ativamente da COP 30 e da Cúpula dos Povos, em Belém

Mobilizados por uma pauta central que envolve a atividade econômica do ramo de óleo e gás, pela transição energética desse atual modelo por outro, no uso de matrizes energéticas de menor potencial poluente, representantes da categoria petroleira ligados à FUP apresentaram painéis e participaram de mesas na Conferência do Clima das Nações Unidas, além da Cúpula dos Povos, reforçando a centralidade de que tal transição energética só tem sentido se tiver um caráter justo, soberano e popular.

A COP 30 está chegando ao fim e, em meio às polêmicas quanto às responsabilidades financeiras dos chamados países do Norte Global, para mais que financiar medidas de contenção dos danos da emergência climática, é urgente frear a emissão de dióxido de carbono e demais gases do efeito estufa. As participações da FUP, Ineep e Dieese apontam para sentidos práticos, a exemplo da criação do Fundo Soberano da Margem Equatorial.

Plano de transição energética justa para o setor de óleo e gás

O texto elaborado pela FUP e entidades parceiras, expondo meios de conciliar a transição energética e a sustentabilidade ambiental com o desenvolvimento econômico e social, foi apresentado ao presidente Lula antes da Conferência do Clima e este destacou sua implementação na cerimônia de abertura, “direcionar parte dos lucros com a exploração de petróleo para a transição energética permanece um caminho válido para os países em desenvolvimento. O Brasil estabelecerá um fundo dessa natureza para promover justiça climática”, declarou o presidente da República.

A proposta apresentada ao presidente prevê a criação de uma comissão especial, incumbida da responsabilidade de escuta popular e participação social, além de agendas técnicas de vistoria e audiências nas capitais dos estados abrangidos (Macapá, Belém, São Luís, Teresina, Fortaleza e Natal).

No entendimento da representação sindical dos trabalhadores da Petrobras, o meio pelo qual se deve buscar uma transição justa é equilibrar as responsabilidades dos países mais poluentes e os de menor emissão de gases na atmosfera. Aqui estão os entendimentos sobre justiça e soberania climática, apresentados pela FUP em painel durante a COP 30. “A gente precisa abrasileirar a transição energética. As soluções devem ser nacionalizadas e respeitar a matriz de cada país”, disse Bárbara Bezerra, diretora da federação, que mediou o debate com movimento sindical e popular, acadêmicos e o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, representando o governo federal.