Cúpula dos Povos aponta saídas para a emergência climática
Evento que ocorre em paralelo à COP 30, a cúpula é um esforço dos movimentos populares e sindicais em caráter internacional, para tensionar publicamente a agenda ambiental dos resultados extraídos da Conferência do Clima da ONU. A FUP participou da tradicional Marcha pelo Clima e, em conjunto com a Central Única dos Trabalhadores, de mesas temáticas que consideraram a centralidade do papel da Classe Trabalhadora nas tarefas da transição justa.
Se contrapondo à mercantilização da pauta climática e modelos de transição que reproduzem a lógica capitalista, a abordagem da justiça energética ganha relevância, considerando o papel de destaque de populações impactadas. A implantação de usinas eólicas na região do Agreste pernambucano, por exemplo, tem produzido impactos negativos na produção das roças e dos rebanhos, devido ao efeito estroboscópico das hélices e ruído intermitente, que também impactam na saúde da população rural.
A transição energética justa, soberana e popular exige um olhar democrático e acolhedor frente a essa necessidade, preservando direitos humanos e territoriais, requalificação profissional e garantidor de uma vivência digna para os povos. Isso se dá por meio de escuta e intencionalidade por políticas públicas que edifiquem legislações para comprometer responsabilidades no custeio e implementações dessas ações.

