Com absoluta rejeição, proposta da PLR não obteve nenhuma aprovação
Na manhã do último sábado (14), chegou ao fim o ciclo de assembleias gerais extraordinárias convocadas pelo Sindipetro PEPB para votar as propostas de regramento do Programa de Participação nos Lucros e Resutados (PLR), apresentadas pela Petrobrás e pela Transpetro. Ao todo, 16 assembleias foram realizadas entre os dias 4 e 14 de novembro, junto às bases dos estados de Pernambuco e Paraíba. Em nenhuma delas houve um voto sequer aceitando as propostas das empresas.
Este ano, pela primeira vez, houve uma separação entre a PLR da Petrobrás e de suas empresas subsidiárias. Com isso, os resultados obtidos durante as assembleias necessitaram de separação, distinguindo os trabalhadores e as trabalhadoras da Petrobrás dos(as) Transpetro.
Em ambas as empresas, os índices de rejeição à minuta foi 98%. Com isso, a categoria deixa uma mensagem extremamente objetiva: “A proposta de regramento da PLR não atende aos petroleiros e às petroleiras!”.
Agora, o Sindipetro PEPB aguarda o fim das assembleias dos sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros, para a convocação de um encontro do Conselho Deliberativo (CD) da FUP, para tirar os novos encaminhamentos e retomar as negociações da PLR.
Entenda mais sobre assunto
O regramento da PLR é um tema que tem gerado grande repercussão entre o movimento sindical petroleiro, sobretudo após o anúncio das alterações na política de remuneração dos acionistas, feito pela Petrobrás na última quarta-feira (28), autorizando o pagamento de dividendos mesmo quando não houver lucro da empresa; em contrapartida, a atual gestão tem se negado a distribuir aos trabalhadores a sua parte nos resultados da empresa na ausência de lucros.
Em publicação feita em seu site, a FUP destaca que “o Acordo de Regramento da PLR pactuado com a FUP em 2014, cuja validade terminou em março do ano passado, garantia a remuneração dos trabalhadores, inclusive na ausência de lucro, desde que alcançados os resultados operacionais, conforme as metas dos indicadores acordados com a categoria”. Na mesma publicação, a federação aponta também o fato de que “nem sempre o lucro é um indicador do resultado real da Petrobrás”.
O Sindipetro, PEPB reitera que o regramento da
PLR deve atender a todos os petroleiros e todas as petroleiras, independente
das funções que exerçam, ou da empresa onde atuem.