O Sindipetro PE/PB é o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Petróleo e Gás Natural dos Estados de Pernambuco e Paraíba, filiado à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e à Central Única dos Trabalhadores (CUT). A entidade sindical busca amparar a força de trabalho do setor e empenha esforços de mobilização social e política a favor da dignidade das trabalhadoras e trabalhadores, do desenvolvimento industrial sustentável através de uma transição energética justa e da soberania nacional.

Sindipetro PE/PB
Petrobras

O Brasil é dos Brasileiros! Contra taxação intervencionista dos EUA!

O Brasil é dos Brasileiros! Contra taxação intervencionista dos EUA!

A taxação de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos EUA pode afetar o setor petroquímico, além da extração mineral e agronegócio brasileiro. A medida descabida do governo estadunidense, prevista para entrar em vigor no dia 1º de agosto, se pauta por queixas de ordem ideológicas, principalmente sobre a decisão do Poder Judiciário brasileiro em responsabilizar o ex-presidente Jair Bolsonaro, pela articulação e tentativa de golpe de estado.

Na lista dos produtos brasileiros mais exportados para os Estados Unidos de janeiro a junho de 2025, o petróleo produzido no Brasil lidera com a receita de 2,378 bilhões de dólares, seguido pela produção de ferro e aço (US$ 1,518 bilhão) e café (US$ 1,172 bilhão). Frente à nova política de tarifas, a relação comercial entre os dois países pode mudar, forçando o Brasil a buscar novos parceiros para escoar sua produção e adquirir insumos essenciais, em particular para o setor de petróleo e gás.

Com uma produção recorde de petróleo e gás natural, onde somados atingiram 4,76 milhões de barris/dia, no mês de maio, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o Brasil reforça o próprio papel estratégico no cenário energético global. Tamanha relevância do 8º maior produtor de óleo bruto do mundo é agregada pelo papel que cumprem os países dos BRICS na economia global. E aqui está o elemento não explicito da decisão intervencionista do governo Trump, para desequilibrar as relações comerciais com o Brasil.

Isenções tarifarias

No panorama das importações feitas pelos Estados Unidos, os combustíveis minerais, que inclui petróleo, obedecem a regras específicas, sendo submetidos a uma política de isenção comercial equivalente, no ano de 2024, a US$ 8,4 bilhões em exportações anuais. Apesar das incertezas, a carta enviada pelo governo estadunidense tratando das taxações não observa mudanças se o setor de óleo e gás brasileiro estará sujeito às cobranças.

Ainda assim, caso Trump revogue tal isenção, os efeitos tendem a ser mitigados pela redistribuição dos fluxos de exportação deste commodity.

Brasil acerta no caminho do “abrasileiramento” da Petrobras

Esse cenário de guerra comercial e apelo do imperialismo estadunidense mostra o acerto político da desvinculação exclusiva do Brasil ao Preço de Paridade Internacional (PPI). A adoção de uma política menos atrelada ao PPI permitiu à Petrobras maior estabilidade nos preços domésticos e, mais, a redução geral dos preços dos combustíveis entre janeiro de 2023 e abril de 2025.

Mesmo diante de inconstâncias comerciais, o desafio brasileiro na atualidade quanto à política de preços de combustíveis é equilibrar economicamente a receita distribuída através de dividendos da Petrobrás e rever a postura da estatal no mercado de distribuição. Medidas que visam garantir a sanidade financeira da empresa e permitir uma redução ainda maior dos preços de derivados de petróleo para o consumidor final brasileiro.