O Sindipetro PE/PB é o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Petróleo e Gás Natural dos Estados de Pernambuco e Paraíba, filiado à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e à Central Única dos Trabalhadores (CUT). A entidade sindical busca amparar a força de trabalho do setor e empenha esforços de mobilização social e política a favor da dignidade das trabalhadoras e trabalhadores, do desenvolvimento industrial sustentável através de uma transição energética justa e da soberania nacional.

Sindipetro PE/PB
GREVE

Petroleiros do Sistema Petrobras em Pernambuco aprovam suspensão da greve

Petroleiros do Sistema Petrobras em Pernambuco aprovam suspensão da greve

A assembleia única que deliberou pela suspensão do movimento paredista nas bases da Petrobrás em Pernambuco ocorreu na noite da terça-feira (23), na tenda da greve, instalada do lado de fora da Refinaria Abreu e Lima. Após oito dias de uma greve nacional que expôs quais as intenções da presidenta Magda Chambriard, em favor da política de pagamento de dividendos milionários para acionistas, contra a valorização dos trabalhadores, o movimento acumulou avanços na última contraproposta da empresa, que foram apresentados aos presentes pela direção do Sindipetro PE/PB.

A Carta-Compromisso para resolver os equacionamentos da Petros, um dos eixos principais da campanha reivindicatória, além de acúmulos na cláusula econômica e o compromisso da formação do Fórum Técnico periódico para tratar da Pauta Brasil Soberano, marcaram a iniciativa da Federação Única dos Petroleiros e dos sindicatos base, pela aceitação da última contraproposta.

Ao longo das negociações e da greve, se evidenciou a indisposição da administração Magda em querer avançar, pouco que fosse, nos itens centrais apresentados pelos trabalhadores, porém, a potência do movimento grevista petroleiro enquadrou a gestão, que passou a sinalizar pela judicialização.

O perigo do TST

Na avaliação da direção sindical, respaldada nessa terça pela aprovação da categoria na assembleia, a contraproposta não é a melhor, mas é a possível para se viabilizar na negociação de um acordo entre a Petrobrás e os trabalhadores. O contrário disso, pela continuidade do tensionamento grevista, seria forçar a administração a levar o assunto ao dissídio no Tribunal Superior do Trabalho.

Judicializar o ACT seria pôr em risco ganhos e inviabilizar negociações sobre dias parados e proteção dos grevistas, situação pacificada no fechamento das negociações, por meio da interlocução e disposição ao entendimento diante dos limites apresentados.

Petroleiros de cabeça erguida!

Algumas bases ainda seguem em movimento de greve, porém, a suspensão dessa etapa da luta não esfria a disposição política dos petroleiros, em particular das bases do TA-Suape e da Refinaria Abreu e Lima, em seguir atentos aos desafios daqui para frente. Os trabalhadores seguem fortalecidos e acumularam muito na compreensão da força que tem a unidade da categoria.