Preferência da Petrobras sobre o pré-sal está em risco
Preferência da Petrobras sobre o pré-sal está em risco
Na última semana o tema da partilha do pré-sal voltou a ser notícia depois que senador e presidente da Comissão de Infraestrutura, Marcos Rogério (PL/RO), atendeu a um pedido de Rogério Carvalho (PT/SE) e retirou de pauta o projeto de lei 3.178/2019, que propõe acabar o direito de preferência da Petrobrás nos leilões do polígono do pré-sal, permitindo a contratação de áreas sob o regime de concessão.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) manifestou repúdio ao projeto de autoria do ex-senador José Serra (PSDB/SP), que esvazia o papel da Petrobras e coloca os recursos estratégicos brasileiros a serviço apenas dos interesses de curto prazo e de mercado, em detrimento do interesse nacional.
Na Lei da partilha de 2010, foi estabelecido o polígono do pré-sal (áreas do pré-sal e estratégicas), entre as bacias de Santos e Campos, entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Todos os blocos na região precisam, por Lei, ser ofertados pelo regime do polígono, independentemente de os reservatórios estarem nessa camada geológica ou depois dele. O pl 3.178/2019 acaba com o polígono, permitindo a contratação de áreas sob o regime de concessão privada.
A única mudança foi feita a partir de 2016, após o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, quando Michel Temer sancionou um projeto acabando com a exclusividade e instituindo a preferência para a Petrobras, vigente até hoje.