Sindipetro PE/PB orienta a categoria a não assinar termo de teletrabalho, imposto pela Petrobrás
Em mais uma medida unilateral, sem negociação prévia com os sindicatos, a Petrobrás alterou a forma de trabalho durante a pandemia da Covid-19 para o caráter de Home Office. Desrespeitando a categoria petroleira, bem como o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente, a empresa está oferecendo R$ 1.000,00 reais para a compra de equipamentos de escritório para serem utilizados em casa. O Sindipetro PE/PB orienta os petroleiros e petroleiras dos estados de Pernambuco e Paraíba a não assinar o termo em hipótese alguma.
Em nota publicada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), a entidade alerta que: “acusar o recebimento do comunicado, ou não, é indiferente para a solução do problema dos custos de equipamentos e programas de informática, e de mobiliário para execução ergonômica do teletrabalho; a real solução, tanto para as questões da injustiça representada pela imposição aos trabalhadores dos ônus do teletrabalho, como para o problema da jornada de trabalho, só virá pela campanha reivindicatória, e com a construção de um novo Acordo Coletivo de Trabalho” e que “a Petrobrás tenta coagir os empregados isoladamente, porque sabe que juntos, podemos negociar condições mais vantajosas do que as que ela impõe.”
O sistema de trabalho remoto já atinge a maior parte dos trabalhadores e trabalhadoras do administrativo, com redução de 25% no salário. Petroleiros e petroleiras das plataformas e refinarias que fazem parte do chamado “grupo de risco” também foram duramente atingidos, com reduções que chegam a 49%. As reduções salariais tem sido duramente contestadas pela FUP e seus sindicatos.
“Esse tema foi amplamente discutido durante o último Congresso Regional e estaremos levando essas questões para o CONFUP, para ser deliberado um regramento para o teletrabalho, de maneira que seja benéfica para o trabalhador e que não haja prejuízos do ponto de vista financeiro, ergonômico, ou mesmo jurídico”, esclareceu o coordenador geral do Sindipetro PE/PB, Rogério Almeida.