O Sindipetro PE/PB é o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Petróleo e Gás Natural dos Estados de Pernambuco e Paraíba, filiado à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e à Central Única dos Trabalhadores (CUT). A entidade sindical busca amparar a força de trabalho do setor e empenha esforços de mobilização social e política a favor da dignidade das trabalhadoras e trabalhadores, do desenvolvimento industrial sustentável através de uma transição energética justa e da soberania nacional.

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Sindipetro procura meios de garantir imunização prioritária nas bases de PE e PB

Preocupado com o combate à Covid-19 nas bases Pernambuco e Paraíba, o Sindicato dos Petroleiros procurou, ao longo da última semana, construir uma proposta de aquisição da vacina Coronavac pelas gestões das respectivas empresas onde atuam os trabalhadores e trabalhadoras representados(as) pela instituição, na tentativa de desenvolver conjuntamente um programa de imunização para a categoria; para isso, o Sindipetro buscou um canal de diálogo junto ao Instituto Butantan, entidade pública que historicamente realiza o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde e que, atualmente, é responsável pela produção e distribuição do imunizante no Brasil.

A Coronavac é a vacina desenvolvida pela companhia farmacêutica Chinesa, Sinovac. A aquisição e produção do imunizante pelo Instituto Butantan gerou uma polêmica internacional, após alegações infundadas do presidente Jair Bolsonaro a respeito do medicamento e a falta de transparência e diretrizes centrais do Plano Nacional de Operacionalização da Vacina, apresentado no dia 16 de dezembro.

Por se tratar de uma categoria considerada essencial para a população, o Sindipetro considera ser fundamental desenvolver ações que atuem no sentido de garantir vacinação prioritária para que essas pessoas possam trabalhar, minimizando ao máximo o risco à vida.

Diante do atual cenário de crise, o Sindipetro PEPB não poderia aguardar a apresentação de um plano de vacinação coeso por parte do Governo Federal, que até o momento não apresentou de maneira transparente as diretrizes do mesmo, se mostrando mais uma vez ineficiente e desinteressado no combate ao novo Coronavírus.

“Tínhamos de saber a respeito da possibilidade de imunizar a nossa categoria, pois, antes de qualquer coisa estamos aqui para defender e proteger a vida e os interesses de nossos trabalhadores e nossas trabalhadoras”, diz o diretor jurídico do Sindipetro, Thiago Gomes. “Em um país onde salvar vidas não faz parte dos interesses do seu governante, temos que buscar alternativas por conta própria; tínhamos que eliminar todos os ruídos gerados em torno do assunto e consultar quem realmente entende de biotecnologia em nosso país”, continua o sindicalista.

Em sua avaliação, “como trabalhadores e agentes públicos do Estado, devemos ter a preocupação e visão estratégica de fortalecimento do sistema público no atendimento à nossa população (em toda sua amplitude), até para reduzir a nossa dependência dos interesses da indústria farmacêutica internacional”. Diante do crescimento nos números de infectados e de óbitos, somados aos casos de reinfecção, faz-se necessária a criação de uma infraestrutura própria que garanta a transferência de tecnologia “para caminharmos com nossas próprias pernas e sermos capazes de salvar vidas hoje e no futuro”, diz Thiago.

Durante as conversas feitas junto ao Butantan, foi relatada a impossibilidade de aquisição independente da vacina, estando esta subordinada diretamente ao PNI do Ministério da Saúde, de tal forma que não foi possível propor a aquisição dos imunizantes às empresas onde atuam nossas bases. Resta agora a missão para que a entidade, como representação dos trabalhadores(as) e parte integrante da sociedade civil organizada, cobre do poder público o direito à vida. Como bem diz Thiago Gomes, “os nossos dias não podem continuar sendo uma loteria para decidir quem vive e quem morre”!

O Sindipetro PEPB garante que continuará estudando todas as possibilidades para que a disponibilização da vacina seja feita tão logo quanto possível e que atividades essenciais como produção e distribuição de combustíveis, sejam prioritárias durante o eventual processo de imunização nacional.

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