Grupo de Trabalho entre governo e FUP irá debater reindustrialização a partir da Petrobras

A reunião se deu no início de março e contou com a presença do Vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, onde debruçou-se sobre a pauta dos petroleiros a respeito da retomada da produção nacional de fertilizantes, a importância da política de desenvolvimento de biocombustíveis para o país e o retorno do protagonismo brasileiro na indústria naval. A reunião encaminhou pela constituição de um Grupo de Trabalho (GT), através de compromisso firmado pelo vice-presidente, que aprofundará o tema visando falar sobre o conteúdo local para ajudar na construção da indústria naval e com a Petrobras como a principal indutora.

Depois do desastre os últimos anos através do desmonte da indústria de fertilizantes nacional, a partir da desativação de ativos da Petrobrás, onde se fechou só nos últimos cinco anos três fábricas de adubos; o Brasil tornou-se o único país do mundo com produção agrícola em larga escala sem autonomia no fornecimento de fertilizantes. A Petrobrás decidiu sair do ramo de fertilizantes em 2017, ainda no governo Temer, alegando que tal produção trazia prejuízos para a empresa. No governo Bolsonaro, a empreitada de desmonte continuou em 2020 com o fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), em Araucária, no Paraná e depois vendeu a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN1) em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. As instalações foram compradas pela Acon, um grupo russo.

Os grupos privados russos, além do governo do país asiático, foram os maiores privilegiados por esse desmonte, pois o Brasil passou a ficar ainda mais dependente dos fertilizantes importados da Rússia, atualmente em guerra com a Ucrânia, o que tem justificado o encarecimento da importação desse insumo para a produção agrária brasileira.

Industria Naval

Segundo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), de 2016 até hoje, houve uma perda de 4,4 milhões de empregos com a quebra da indústria naval e a redução do conteúdo local de 62% para 18%. Chama-se conteúdo local a política de valorização de matéria-prima e mão de obra brasileira na construção de plataformas, navios, sondas e refinarias.

A abordagem desse tema na reunião que será assunto também do GT, é um desdobramento da expectativa feita pelo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, que no início do ano sinalizou que pautará no governo o retorno da Petrobrás na aquisição de embarcações e plataformas nacionalizadas, o que deve reaquecer a indústria naval do país. “Hoje, muitas dessas indústrias, como o caso do Rio Grande do Sul, já estão instaladas, se der o comando, rapidamente nós teremos muitos empregos gerados”, apontou o ministro em janeiro.

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