Nota de Pesar: Jailson Moraes, Presente!
O Sindipetro PEPPB vem, por meio desta nota, lamentar o falecimento do companheiro Jailson Moraes, na manhã da última quarta-feira (17). Desde o início deste mês de fevereiro ele estava internado no Hospital São Lucas (RN) para tratar de infecções decorrentes da Covid-19. Ele foi sepultado na quinta-feira (18) no Cemitério São Vicente de Paula, bairro Feliz Assú, sem número. A direção do Sindipetro expressa seus mais profundos sentimentos e solidariedade a seus amigos, companheiros de luta e familiares, em especial à sua esposa Adelania, sua filha Anna Clara e seus dois filhos Pedro Henrique e Victor Luís.
“Jailson não é apenas ‘mais uma vítima da covid’. São mais de 30 anos de uma vida carimbada por tantas lutas juntos. Alegrias e sofrimentos. Conquistas e derrotas. Hoje vai com ele um pouco de cada um de nós”, disse o coordenador geral do SINDIPETRO-RN, Ivis Corsino.
“Ao longo de sua carreira na Petrobras, Jailson contribuiu nos debates e nas articulações políticas e sindicais junto a categoria petroleira. Sua ausência irá deixar saudades, mas ele irá inspirar outros diretores sindicais, a manter acesa a chama da resistência”, diz Rogério Almeida, coordenador geral do Sindipetro PEPB.
“Ele sempre manteve como bandeira a defesa dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, além das pautas políticas e partidárias (que ele também tinha na veia)”, disse Luiz Lourenzon, diretor administrativo do Sindipetro PEPB e diretor de Relações dos Movimentos Sociais da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), que atuou de perto com Jailson em meio ao processo de articulação do Projeto Mova Brasil – desenvolvido pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), em parceria da Petrobrás e do Instituto Paulo Freire a fim de combater o analfabetismo no país.
O sindicalista recorda que, ao longo das viagens realizadas junto ao movimento sindical, os dois compartilharam a mesma acomodação por diversas vezes e, em vários momentos, também compartilharam desabafos. “Ele valorizava acima de tudo a sua família, sempre preocupado com os filhos, com a esposa… a família era um pilar na vida dele e eu sempre o admirei muito por isso”.
Lourenzon revela tristeza pela perda do colega, “foram vários momentos da luta onde estivemos juntos e isso ficou na memória. Já não o via há algum tempo, mas esses momentos de luta jamais serão esquecidos”, comenta.
Apesar de toda a sua dimensão humana que não pode ser esquecida, o falecimento de Jailson marca também um ponto a mais na triste estatística de 243 mil mortos pelo Coronavírus no Brasil. “O companheiro é mais uma vítima dessa doença que se alastra em nosso país. A negligência que o presidente e seus ministros tiveram com a COVID-19 vem nos tirando, a cada dia, a vida de milhares de brasileiros”, pontua Almeida.
Apesar da vacinação já ter sido iniciada (o que é sim um passo importante para a sociedade), Lourenzon confessa estar receoso com a condução indevida do Governo Federal na organização do programa de imunização. Em sua avaliação, esse processo “caminha a passos lentos, enquanto que, a passos largos, caminha a morte”.