Em defesa da legitimidade do resultado das urnas. Golpistas, não passarão!
A maioria do povo brasileiro demarcou democraticamente entre os mais de 124 milhões de eleitores e eleitoras que compareceram às urnas no último domingo um novo horizonte político, elegendo um novo presidente do Brasil e uma nova governadora para Pernambuco. Saúda-se assim as eleições de Luís Inácio Lula da Silva, eleito para mandatário do país com 60.345.999 votos (50,90% dos votos válidos) e Raquel Lyra, eleita para o governo de Pernambuco com 3,11 milhões de votos no estado.
Fechada às urnas, é legítima toda manifestação comemorativa e de lamento pelo resultado. Em um processo político democrático, com o encerramento das eleições, encerra-se um capítulo de disputa eleitoral e inicia-se outro capítulo pela continuidade da vida republicana.
Porém, é de se lamentar a postura irresponsável e de flerte golpista, com que uma minoria de apoiadores do derrotado no pleito nacional, Jair Messias Bolsonaro, estão se portando em algumas rodovias do Brasil. Esse lamento se estende a postura retardada com que a Polícia Rodoviária Federal se portou desde o início dessas ações ilegais, no que deveria ser o dever da instituição quanto a desobstrução das vias federais.
Registra-se o desejo pelo breve restabelecimento da normalidade dos tráfegos, da mesma forma que todo sentimento de descontentamento com o resultado eleitoral se torne empenho e fé para que os novos governos guiem o Brasil e Pernambuco por caminhos de justiça e paz social.