O Sindipetro PE/PB é o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Petróleo e Gás Natural dos Estados de Pernambuco e Paraíba, filiado à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e à Central Única dos Trabalhadores (CUT). A entidade sindical busca amparar a força de trabalho do setor e empenha esforços de mobilização social e política a favor da dignidade das trabalhadoras e trabalhadores, do desenvolvimento industrial sustentável através de uma transição energética justa e da soberania nacional.

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Com aumento do gás natural além do ICMS, governadora sufoca economia pernambucana

Requerendo um reajuste nas margens regulatórias, para a tarifa média da Copergás, a Agencia de Regulação de Pernambuco (ARPE), ligada ao governo do estado, autorizou o aumento médio nos preços do gás natural vendido pela estatal pernambucana em 31,87%. Um duro acréscimo que recai no bolso dos taxistas e motoristas de aplicativos, além de toda cadeia industrial do estado e por consequência nos preços dos produtos em geral. Isso logo depois do reajuste no índice do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que saiu de 18% para 20,5%, também requerido pelo executivo estadual.

A nota técnica da ARPE foi emitida no dia 25 de outubro e o aumento passou a vigorar a partir da publicação no Diário Oficial do estado, dia 27. Anderson Câmara, presidente do Sindicatos dos Motoristas de Aplicativos em Pernambuco, que organizou uma carreata em protesto que se dirigiu primeiro à Copergás e depois na sede do Poder Executivo do estado, afirma que o impacto desse aumento compromete a renda desses trabalhadores, “ficou insustentável esse sendo um gasto bem maior que antes, na faixa de 800 à mil Reais por mês só de combustível. Protestamos, pois esperamos negociar a reversão desse aumento do gás natural, que no posto já passa de R$3,39 para R$4,24; sendo esse um valor que não conseguimos repassar para os passageiros”.

Para além do impacto visível, no posto, o que se questiona é a coincidência de tão drástico reajuste na margem de lucro. Com o interesse da Mitsui, acionista da Copergás, pela aquisição da cota da Cosan, outra acionária privada da estatal; seria uma contrapartida de garantia a majoração das margens de lucro da Companhia Pernambucana de Gás?

Isso colocaria em xeque as justificativas do governo do estado ao requerer aval da ARPE para tal aumento de preços. Isso sendo verdade, a qual interesse o governo de Pernambuco e a gestão da Copergás estariam atendendo?

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