Mobilização por gás a preço justo reforça unidade da classe trabalhadora
Texto: André Justino
Na semana em que se comemora o 1º de maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, o Sindicato dos Petroleiros de Pernambuco e da Paraíba selaram junto de movimentos sociais a terceira ação em 2021 da campanha Gás a Preço Justo, patrocinada pela Federação Única dos Petroleiros. Na última quinta-feira (29), na comunidade de Jardim Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, petroleiros em unidade com mulheres da Central dos Movimentos Populares (CMP) e trabalhadoras e trabalhadores camponeses do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), realizaram a distribuição solidária de 100 kits de higiene, e outras 150 cestas com alimentos da agricultura familiar, além de vender a preço subsidiado 75 botijões de gás de cozinha ao preço de R$ 40,00.
Uma mobilização que reforça o sentimento de unidade de classe entre movimentos organizados da cidade e do campo, colocando em patamar de igualdade as relações de gênero e resgatando a consigna desta união estratégica na luta por trabalho, direitos, cidadania e liberdade. A realização desta ação na semana que finaliza com o Dia Internacional do Trabalhador, impõe aos movimentos e seus atores a reflexão de que não há outro caminho que dê fim a exploração do trabalhador assalariado ou não, que não seja a superação desse modelo de sistema do Capital.
São os agentes do capital, na administração do Estado que operam a lógica mercantil ao petróleo, um recurso natural, que poderia servir para um desenvolvimento sustentável de riquezas entre os países, mas que ainda no século 21 serve tão somente para a reprodução do processo de acumulação capitalista. A paridade do preço do petróleo brasileiro ao Dólar serve a essa lógica, o que gera escassez de produção/oferta e consequente encarecimento dos seus derivados, como o gás GLP (cozinha).
Se o Capital ainda hoje regula seu processo produtivo de maneira sistêmica tal como regulava a 100 anos atrás, então continua moderna e revolucionária a estratégia da unidade entre os trabalhadores que estão dentro e fora desse processo, para superar esse sistema por outro socialmente mais equilibrado. A luta socialista protagonizada pela solidariedade mutua entre a classe trabalhadora da cidade e do campo continua atual e decisiva para o breve futuro.