Sindipetro PE/PB não aceita punições para atrasos de ASO e reforça pedido de suspensão do ISA

Não é exagero quando o movimento sindical requer da alta administração da Petrobras um pente fino nos departamentos e gerências administrativas da empresa, além dos ativos operacionais, visando “desbolsonarizar” a gestão da estatal. Situações como a presenciada pela categoria no meio da semana passada, com a publicação de um Informativo, Solicitação e Aprovação (ISA), novo nome para o DIP (Documento Interno do Sistema Petrobras), comunicando as diversas gerências que estas devem punir trabalhadores com o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) em atraso, só revela que sindicatos e federação estão com a razão.

O documento foi divulgado no dia 17 de setembro, porém, no dia 11, a direção da FUP esteve reunida com a empresa juntamente para tratar de SMS, em uma comissão regular de saúde. Momento que seria propício, para administração e representação da categoria petroleira tratar desse assunto. No entanto, se quer o tema ASO foi abordado, ao menos da arte da gestão.

Tanto a direção da FUP se manifestou insatisfeita com a divulgação dessa orientação que destaca até pelo impedimento de trabalhar, gerando descontos salariais aos trabalhadores; quanto a direção do Sindipetro PE/PB, manifesta repúdio tanto pela forma da abordagem, quanto pelo tratamento do conteúdo. Sinésio Pontes, Coordenador Geral do sindicato, ressalta que “os trabalhadores da ativa estão tendo muitas dificuldades e atrasos com fornecedores de exames médicos. É inadmissível que uma desorganização que não é causada pelo trabalhador, situação em que o sindicato já relatou queixa, cause prejuízo à categoria”.

Na manifestação da FUP à gerência de RH da empresa, reclamando do tratamento dispensado sobre o assunto, já foi requerida a “suspensão imediata desse ISA”, posição que o Sindipetro PE/PB reforça.