SINDIPETRO PE/PB repudia retaliações da Petrobrás aos grevistas e diretores sindicais
A direção da Petrobrás e demais empresas do Sistema, aproveitando-se do momento de comoção nacional em torno do novo Coronavírus, vem descumprindo paulatinamente o acordo mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), pondo em prática punições e perseguições políticas a trabalhadores e representantes do movimento sindical em todo o Brasil. Só em Pernambuco, dois diretores do SINDIPETRO foram vítimas de retaliação na Refinaria Abreu e Lima (RNEST) e Terminal Aquaviário de Suape (TA Suape); um dos diretores pernambucanos chegou a ser desligado do corpo de funcionários da Transpetro, poucos dias após o fim da Greve dos Petroleiros (encerrada no dia 20 de fevereiro).
Em vídeo publicado nas redes sociais, o coordenador do SINDIPETRO PE/PB, Rogério Almeida, repudiou a prática da diretoria da estatal. “Já não bastasse o (des)governo Bolsonaro causando o caos em todo o Brasil, agora vem a gestão da Petrobrás demitir trabalhadores em plena pandemia do Coronavírus”. Ainda segundo o coordenador, os sindicatos irão cobrar dos gestores que revejam a situação. “Não vamos permitir que a gestão atual cause caos entre a categoria petroleira”.
“Essa insanidade que hoje assola o nosso país através do presidente da república, parece que traz seus ventos para a diretoria da Petrobrás, que propõe, nesse momento de grande solidariedade nacional, aumentar seus pomposos bônus, enquanto propõe clausura para os trabalhadores embarcados, uma escala extenuante para os turneiros de terra, que sequer leva em consideração os trabalhadores terceirizados (como se eles não ajudassem para o desenvolvimento da nossa empresa) e que demitem trabalhadores neste momento”, diz o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel.
O SINDIPETRO PE/PB, juntamente aos demais sindicatos ligados à FUP, afirma que irá recorrer judicialmente da decisão.