Viva o Julho das Pretas!
Registrar o mês de julho como Julho das Pretas é apenas uma das formas de enaltecer a resistência da absoluta maioria das mulheres brasileiras diante de uma história racista e machista que sempre buscou invisibiliza-las. A ação pela ressignificação do mês foi criada em 2013, dando potência para a instituição do 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, conferida pelas Nações Unidas em 1992.
O mês demarca toda a luta negra e feminista contra o racismo, a opressão de gênero e a exploração de classe. o Julho da Pretas não é uma agenda do Estado ou dos políticos e dos seus partidos. São as mulheres negras organizadas que empenham esforços e assumem as próprias narrativas para dar visibilidade à luta. O protagonismo é das mulheres Negras.
25 de Julho
O dia 25 de julho foi decretado em 2014 como Dia de Tereza de Benguela e da Mulher Negra pela presidente Dilma Rousseff, para celebrar a vida e a luta de Tereza, que foi reconhecida como rainha ao liderar o Quilombo de Quariterê, no atual estado de Mato Grosso, por mais de duas décadas.
O Quilombo foi destruído em junho de 1770 pelas forças de Luís Pinto de Sousa Coutinho, mas a luta e a liderança de Tereza reluzem até hoje como exemplo da força e da importância da mulher negra na história do Brasil – e no combate ao racismo e a escravidão no mundo.