Todo machismo é elitista. Viva o feminismo!
A frase atribuída e depois assumida pelo deputado do Podemos-SP, Arthur Duval, ao se referir às mulheres ucranianas como “fáceis porque são pobres”, revela muita coisa quanto a prática nefasta do machismo. O deputado que foi até o país do leste europeu, supostamente para apoiar a causa do povo daquele país, mas a verdade não tardou em se revelar quando áudios ditos pelo deputado paulista vazaram e seus conteúdos são a síntese dessa prática que faz do Brasil o 4º país que mais mata mulheres e o 1º que mais mata mulheres trans do mundo.
O machismo é uma pratica de opressão e toda opressão se dá sobre alguém socialmente vulnerável. Mulheres, no sistema econômico capitalista, recebem menos que homens mesmo exercendo a mesma função; elas em disputa com homens, por cargos no mercado de trabalho, geralmente são excluídas, mesmo tendo um currículo melhor; essa situação torna-se ainda pior quando a mulher é negra. A opressão em meio a disputa, adjetivada de meritocracia, é a base desse modelo econômico que por isso se torna insustentável.
Não espanta saber que o deputado machista é do Movimento Brasil Livre, que tanto defende o capitalismo. O elitismo dele, ao se localizar socialmente como superior aos demais, recheia o machismo com que trata às mulheres, seja às da Ucrânia ou nordeste do Brasil. Machismo, elitismo, meritocracia, são uma cadeia ideológica do sistema capitalista. O qual deve ser desmantelado e superado.
Saudar o feminismo é tomar posição contrária a exercida pelo Arthur Duval. O feminismo não prega superioridade, mas igualdade de gênero e por isso os capitalistas se queixam dele, usando de mentiras e falsos argumentos. O feminismo põe no mesmo plano social homens e mulheres, permitindo a todas e todos aprendam e se capacitem juntos por um outro modelo social, não pautada na disputa, mas na solidariedade.
Que o deputado perca o mandato e que possamos eleger mais mulheres feministas nas próximas eleições.