O Dia Internacional da Mulher não é um dia que deva ser marcado por homenagens triviais às mulheres e sim um chamado à reflexão das contradições desse modelo de sociedade, diante das questões de gênero. Contradições no campo do convívio afetivo, familiar, social e profissional.
Nos anos 1960, as comemorações pelo 8 de março já tinham se tornado tradicionais, mas foi oficializada pela ONU apenas em 1975, quando declarou aquele, o Ano Internacional das Mulheres, voltando atenções para as questões de gênero em todo mundo. Pouco antes disso, no período que sucedeu a 2ª Guerra Mundial, o 8 de março já se tornara um marco para o feminismo, pela virtude da “greve das russas”, movimento de trabalhadoras tecelãs que em março de 1917 foi um prenúncio da Revolução Bolchevique.
O feminismo, o anarquismo e o comunismo, no início do século XX, engajaram mulheres por direitos e conquistas. Reivindicavam melhores condições de trabalho, promoveram greves e piquetes, elevando a consciência política das trabalhadoras influenciadas pelo II Congresso Internacional das Mulheres Trabalhadoras em 1910.
No Brasil
No Brasil o marco das conquistas das mulheres se dá com a primeira eleição com a participação feminina no Brasil que foi realizada em 1933. Mas, só nos anos 90 a legislação garantiu uma cota de gênero para as candidaturas. Em 2010 o país elegeu a primeira Presidenta da República e em 2018 a Justiça determinou que os partidos políticos destinassem no mínimo 30% dos recursos para o financiamento de campanhas das candidatas.
Esse é um resumo do histórico político de gênero, de um país composto por maioria de mulheres. O Censo do IBGE (2022) demonstra que as mulheres compõem 51,5% da população, mas destas, 64,6% estão sem trabalho regular, segundo o Dieese.
O SINDIPETRO PE/PB vem aqui convocar a categoria (esta predominantemente composta por homens, vale salientar) a interessar-se pelas discussões e a comprometer-se no combate à misoginia, ao machismo e a demais violências e injustiças sofridas pelas MULHERES.
A BUSCA POR JUSTIÇA, IGUALDADE DE DIREITOS E EQUIDADE DEVE SER COMPROMISSO DE TODOS OS TRABALHADORES!
