Seguindo o indicativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP), a categoria lotada na Petrobrás e da Transpetro no estado, além dos aposentados, definiram por 93,5% pela aprovação da quarta contraproposta da empresa, depois da importante resistência dos petroleiros diante das iniciais propostas indecorosas de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) apresentadas antes. Com a aprovação desse indicativo mantém-se a cláusula de manutenção dos empregos, que a Petrobras queria eliminar.
Segundo o assessor jurídico da FUP, Normando Rodrigues, “a nova redação protege contra despedidas sem justa causa, os trabalhadores impactados pelo desmanche da empresa”, “desmanche” esse provocado intencionalmente pelo governo Bolsonaro, visando o fatiamento e a privatização da petroleira.
Reposição salarial de 8,7% calculados a partir do IPCA, no acumulado dos últimos 12 meses, com pagamento para o dia 25, sendo retrativo ao dia 1 de setembro.
A luta continua!
Mesmo com a assinatura do ACT a categoria não pode baixar a guarda. A pressão das gestões indicadas pelo governo federal, os assédios e as perseguições seguem sendo mantidas. Cá em Pernambuco o Coordenador Geral do Sindipetro PEPB, Rogério Almeida teve seu crachá invalidado para as catracas de acesso à empresa, além de ser reiteradamente impedido de entrar no estacionamento da Refinaria Abreu e Lima para realizar as assembleias. Isso depois da administração da RNEST retirar a tenda do sindicato na portaria da empresa, realocando-a para um local que fragilizaria a participação dos trabalhadores do seu espaço de organização.
“Esse clima de disputa e beligerância antissindical promete continuar até que o perfil de gestão mude. O desenlace do ACT é parte dessa disputa. Os trabalhadores da Petrobrás, TRANSPETRO e os aposentados em Pernambuco estão de parabéns por entender e compartilhar do sentimento da categoria em todo o país. Seguindo na resistência e possibilitando manter cláusulas que protegem toda a categoria do sistema”, finaliza Almeida.
