Defender os Correios público é estratégico na defesa da Petrobrás
No início dessa semana o ministro das comunicações, Fabio Faria, foi à TV, em cadeia nacional para repetir um mantra carregado de mentiras, tal como é regra no governo Bolsonaro. No discurso segue a máxima: “para melhorar, tem que privatizar”. Segundo outro protagonista desse circo de horrores, empenhados em desmontar o Estado brasileiro, o presidente da câmara de deputados, Arthur Lira, o projeto de lei 591/2021 que permite a privatização da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), deve ser votada ainda nesta primeira semana de agosto pela Câmara de Deputados.
Faria afirma que os Correios são um “orgulho do Brasil”, mas omite que ele próprio e o governo estão administrando o país à serviço das transnacionais que visam assumir de forma privada o serviço de entregas nas grandes cidades e fatiar o enorme faturamento que para a ECT em 2020 foi de R$ 1,53 bilhões, e com projeção de crescimento com o aumento das vendas pela internet. A empresa segue seu 4º ano consecutivo de receitas positivas, o que representa recursos públicos direcionados para a manutenção da empresa e seus 100 mil funcionários, além das políticas públicas promovidas pelo Estado.
Os Correios são um patrimônio do Brasil, tal como a Petrobrás e a Eletrobras. Devem ser defendidas de maneira estratégicas em nome da soberania do país. Não se justifica economicamente abrir mão dessas empresas, uma vez que elas por si só se sustentam, além de garantir dinheiro para que o governo federal possa reverter esse lucro em favor da população.
Serviços mais caros
A privatização dos Correios trará prejuízo para os micros e pequenos empreendedores, que optam o uso dos serviços públicos por serem mais baratos. É mentira que a privatização irá baratear a operação de entregas de encomendas, pelo contrário, irá encarecê-lo uma vez que no relatório da proposta da PL que autoriza a privatização não regula a política de reajustes, dando margem para que as empresas ou a empresa que assumir a ECT tenha a liberdade de definir, ficando tão somente sob a fiscalização da Anatel.