Na PERBRÁS, é greve!
A manhã do dia 9 de agosto, na frente do Terminal Aquaviário de Suape, os trabalhadores da PERBRÁS – Empresa Brasileira de Perfurações deflagraram um movimento de greve por tempo determinado de 48 horas, para protestar contra a postura da direção da empresa que se recusa a avançar nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Não foi por falta de disposição ao diálogo do Sindipetro PE/PB e dos trabalhadores da com a administração da PERBRÁS. A categoria abriu o canal de diálogo, requerendo da empresa a apresentação de um texto com o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2023/2024), que foi rejeitado pela maioria dos trabalhadores em assembleia e como resposta a direção da empresa apresentou uma nova proposta ainda mais rebaixada. Situação que revoltou a categoria, fazendo esta rejeitar mais uma vez o texto em nova assembleia no mês de julho. Os trabalhadores da PERBRÁS operam em um ramo de atividade especializado, apesar de suas funções diárias no local de trabalho não condizer com a descrição expressa nos contratos, situação que os expõe a um nível de exploração ao ponto da empresa lhes pagar apenas um salário mínimo de remuneração ao mês.
Se não bastasse o salário abaixo do que se exige nesse ramo de atividade, há queixas de sobrecarga de trabalho e rebaixamento também nos valores do Vale Alimentação. A categoria que já havia aprovado em assembleia um Estado de Assembleia Permanente, parte agora para mais uma etapa nessa disputa por dignidade salarial e melhores condições de trabalho. A greve de 48 horas é uma greve de advertência, onde os trabalhadores estão sendo forçados à isso diante da insensibilidade da direção da PERBRÁS.
A adesão à greve é forte e vai até sexta-feira (11)! E o que se espera é que a empresa se disponha a negociar em bons termos, condizente com o nível qualificado dos profissionais que têm.